Biópsia de Coluna Vertebral (discite/osteomielite)

Recomendações/best-practices [1]

1. Indicada na maior parte dos casos, para confirmação do agente etiológico

Necessário haver:

• Confirmação/suspeita de espondilodiscite por exame de imagem, preferencialmente RM;

• Ausência de indicação de cirurgia aberta;

• Ausência de crescimento na hemocultura.

2. Atrasar antibioticoterapia

A taxa de positividade da cultura de material de biópsia é baixa, girando em torno dos 30% - 40%. Visando otimizar a chance de sucesso, é recomendável segurar o início da antibioticoterapia até depois da realização da biópsia (se esta for factível nos dias subsequentes). A recomendação é válida apenas se o paciente estiver em bom estado geral [1].

3. Alvo

Coleções parecem estar relacionadas a maior taxa de positividade. Se houver coleção paravertebral/paraespinhal, deve ser alvo. Utilizar agulha calibrosa (≥ 20 G).

Se não houver coleção e for optado por obtenção de fragmento ósseo, este deve ser enviado para análise AP, que pode confirmar o diagnóstico de osteomielite em uma parcela dos casos de cultura negativa (importante se houver DDx com tumor).

4. Agulha

Priorizar agulhas de maior calibre (≥ 13 G), que parecem aumentar a positividade da cultura [2].

5. Rebiópsia

Em caso de biópsia inicial negativa, rebiópsia pode ser considerada após 3 dias, mas a positividade da segunda biópsia tende a cair (yield de 15% [3]).